26/01/11

Apelo aos meus pais

Um apelo muito importante aos meus pais…
Desde o primeiro dia em que eu existir, por favor eduquem-me bem! Não quero ser um bebé birrento e mimado, não quero ser um bebé mal-educado nem violento e não quero ser um bebé que dá com toda a gente em maluca!
Muitas vezes, quando os meus pais andam a passear, vêem um bebé a portar-se mal. O primeiro pensamento que lhes passa pela cabeça é a dúvida que muita gente tem “Será que tem alguma doença ou será mesmo má educação?”. Claro que a maior parte das vezes, o que está mal com esse bebé é a forma como está a ser criado, seja culpa dos pais ou das pessoas com quem ele passa mais tempo.
Não quero que me dêem maus exemplos, estando em constantes discussões, não quero assistir a actos violentos (não que eles existam actualmente!), não quero que me façam as vontades todas, não quero que me dêem tudo o que eu pedir e não quero que ignorem quando eu fizer alguma asneira.
Portanto, uns “NÃO” quando se justifica, uns olhares de respeito e castigos educativos (como ficar sem ver televisão ou sem mesada, ou sem comer a sobremesa) serão muito bem vindos para mim, quer quero ser um bebé exemplar e mais que isso, um adulto bem formado!

20/01/11

Depressa e bem, não há quem...

Há uns dias, de manhã, no meio do caos e da pressa que já são habituais para os meus pais saírem de casa para o emprego, a minha mãe lembrou-se de que não tinha descongelado nada para o jantar. Pediu então ao meu pai, carregado de coisas e já com o casaco vestido, para tirar qualquer coisa do congelador. Ele, furibundo, lá começou à procura de uns bifes de peru, enquanto reclamava, até que descobriu que os bifes não queriam sair e aí perdeu as estribeiras. Começou a insultar os bifes e mandou o que tinha nas mãos para o chão.
A minha mãe, entretanto muito parva a ver aquela cena, achou melhor ir deitar fora o lixo e encontrar-se com o meu pai na garagem. Quando se voltaram a encontrar no elevador o meu pai diz “Olha… Não sei se apaguei a luz da cozinha… Tens que ir lá ver!” (acho que ainda não mencionei a obsessão por luzes ligadas do meu pai, que não pode ver uma divisão vazia com a luz acesa e prefere estar às escuras que gastar luz). A minha mãe lá voltou a casa, enraivecida, e confirmou que a luz estava desligada.
O dia passou, cansativo como sempre, e finalmente chegou a hora feliz do regresso a casa. A minha mãe chegou primeiro, entrou na cozinha e viu água no chão, ao pé do congelador… Estranho… Eis que repara que a porta do congelador tinha ficado aberta e lá dentro estava um caos de gelo por todo o lado (o congelador é dos que não é suposto fabricar gelo).
O ódio explodiu, mandou uma mensagem para o telemóvel do meu pai a ofendê-lo e que era bom que ele não lhe aparecesse à frente. Esta mensagem mágica fez com que o meu pai chegasse a casa dentro de poucos segundos.
O resto da noite foi passada a tratar do congelador, o meu pai a limpar as gavetas e a comida que (miraculosamente) não se tinha estragado, e com a minha mãe a escavar as paredes de gelo, com uma espátula de madeira, enquanto berrava “É melhor esfaquear o gelo do que a ti!” e lançava olhares de fúria ao meu pai…
Os bifes de peru que eram para o jantar, ficaram para o dia seguinte, porque nessa noite já ninguém jantou, de tão cansados e amuados que ficaram.

17/01/11

Muitos Parabéns Primito!

Hoje o meu primo H faz 2 anos!
Este ano ainda não vou poder comemorar com ele, mas no futuro espero que ele seja sempre meu amigo e me convide para os aniversários!

13/01/11

Bad hair days

Os meus pais são muito cabeludos.
A minha mãe luta sempre para que o cabelo deixe de formar canudos, vire as pontas para fora ou fique frisado e volumoso quando chove ou há mais humidade. Dificuldades de quem tem um cabelo que mais parece arame, de tão forte e grosso como é. Recentemente encontrou o seu melhor amigo, um ferro de alisamento e anda encantada da vida.
Já o meu pai não pode deixar crescer muito o cabelo sem começar a parecer-se com um membro de uma tribo perdida de uma qualquer ilha exótica. O cabelo dele é muito espesso e negro como carvão e actualmente anda a fazer uns remoinhos malucos que o fazem parecer um bocadinho louco.
Estou a ver que o meu futuro cabelo me irá dar bastante trabalho…

07/01/11

A tatuagem da mãe

A minha mãe tem uma tatuagem. Ela não é camionista nem motard, não é punk e não anda toda descascada por aí a chamar atenções. Simplesmente um dia ficou inspirada, depois de muitas noites a ver o “Miami Ink” e decidiu aventurar-se.
Decidiu-se por um desenho com uma lua, em homenagem a uns desenhos animados de que é fã, umas estrelas com rabiscos, por serem bonitas, e finalmente o símbolo do casamento dos meus pais, um J e um V, por razões mais que óbvias. Esta última componente poderia ser criticada, já que se ouvem muitas histórias de quem se arrepende de tatuar o nome alheio quando esse alheio no futuro se porta mal. Mas neste caso até pode significar um “Já Volto” e além disso, os meus pais obviamente que não se vão portar mal.
Foi então à loja de tatuagens (muito bem investigada e referenciada para que fosse 100% segura e higiénica) com o meu pai (enganado e sem saber o que ia acontecer), a tia CC e o tio PP (que queriam ver o escândalo de quando o meu pai descobrisse o que ia acontecer).
A princípio ele nem queria acreditar e nem olhar a minha mãe nos olhos conseguia. Mas depois viu que era por uma boa causa e que ela gostava mesmo de a fazer, com a aprovação dele, claro. Então lá foi feita a dita tatuagem, que ficou maior do que todos estavam à espera, mas que nem por isso ficou menos gira. O meu pai segurou na mão da minha mãe o tempo todo (embora na realidade aquilo afinal não doa quase nada, são só umas picadinhas muito rápidas e que passa logo a impressão).
Como a tatuagem é no fundo das costas, a minha mãe quase se esquece de que a tem, mas o meu pai adora olhar para ela e está muito satisfeito!

04/01/11

Ano novo, banha nova...

Como quem sai aos seus não degenera, suponho que não vou gostar da maior parte dos doces de Natal…
Os meus pais não gostam de Bolo Rei, Bolo Rainha, de frutos secos ou cristalizados, de rabanadas, fatias douradas, coscorões, sonhos e fritos em geral. O meu pai ainda vai comendo uma ou outra filhós, mas a minha mãe nem isso.
Para eles o Natal é época de comer doces, sim, mas daqueles mais comuns, que geralmente existem todo o ano e que nesta época se podem comer todos os dias, sem culpas.
Nos últimos dias, os jantares deles têm sido sempre finalizados com os restos dos doces que sobraram das festas, o que provavelmente se vai traduzir numa certa balança atirada pela janela fora não tarda muito. Há pudim de café, tronco de natal (vulgarmente conhecido no resto do ano como “torta de chocolate”), serradura (não são restos de madeira, mas é um doce muito bom de natas, leite condensado e bolacha Maria), torta de laranja, tarte de maçã (especialidade da minha mãe, que este Natal foi feita pelo meu pai!) e as trufas de chocolate da minha avó. Ai as trufas…
Como consequência primordial chocante, a minha mãe descobriu hoje de manhã que está com um pneu gigante à volta da cintura e que se calhar é por causa dessa bóia flutuante que ontem quase não conseguiu vestir as calças do fato para ir para o trabalho…