23/12/11

Feliz Natal!

Este será o último Natal dos meus pais sem mim. Para o ano vai ser a felicidade total, com a família toda junta e eu a receber miminhos de todos.
Neste Natal o dia 24 vai ser passado em casa dos meus avós maternos e o dia 25 em casa dos meus avós paternos. Para o ano esperemos que seja tudo em casa dos meus pais, não o T1 actual mas o T3 que está quase quase a ser deles. Vamos lá ver se corre tudo bem desta vez e não dá barraca como a última casa que eles iam comprar…
Estou com muita vontade de saborear os petiscos do Natal, mesmo sendo através da barriguita da minha mãe. Ela vai fazer arroz doce, tronco de natal e talvez uns biscoitinhos. O meu pai vai-se dedicar a aprender a tradição familiar das filhós. Para a ceia vai haver bacalhau “à la meninhe” (especialidade da minha avó materna, sem aquelas couves tradicionais), salgadinhos, torta de laranja, canja de galinha, carne assada, entre outros. Depois no almoço de Natal deve ser borrego ou cabrito no forno, mas ainda não sabemos, só desconfiamos.
Quanto a mim vou disfrutar calmamente do Natal aqui dentro, no quentinho e a pular como é meu hábito!

19/12/11

Elegância é comigo!

Hoje foi dia de ecografia!
Tenho já cinco meses (pronto, 21 semanas e um dia, para quem gosta de ser piquinhas) e tenho tudo no sítio. Os meus pais ficaram muito felizes e aliviados por saberem que sou um bebé saudável e que não me falta nada.
No entanto, a médica que fez a ecografia disse que eu sou um bocadinho mais pequeno que a média (neste caso, menos pesado que a maioria dos bebés), o que não preocupa nada os meus pais, nem a mim, porque a minha mãe é pequenina e o meu pai também não é nenhum gigante. Seria impossível eu ser um bebé grande e gordo! Além disso eu gosto muito de me mexer, ando sempre aos pinotes e a virar-me de um lado para o outro, portanto faço muito exercício e queimo assim as calorias, ehehe!
Agora os meus pais só me voltam a ver dia 6 de Fevereiro, para se certificarem que eu continuo aqui na maior, como até agora.
Acho que fui um bocado desavergonhado e quando a médica estava a ver se descobria as minhas partes intímas teve que dizer aos meus pais para olharem para o lado, senão eles viam o que não queriam (pois, esqueci-me de que eles querem ser surpreendidos quando eu nascer). Ela disse que era bastante óbvio, mas que isso era para ela que está habituada a fazer muitas ecografias, para pessoas leigas se calhar não é! Mistério…
E agora aí vem o Natal e depois férias de uma semana para os meus pais! Espero que consigam descansar e divertirem-se muito comigo.

12/12/11

Os meus pontapés poderosos, oh yeah!

Coisas estranhas andam a acontecer por aqui (dentro da barriga da minha mãe)…
Ontem, em vez de andar aqui dentro aos saltos como é costume, estive o dia todo numa grande calma, sem pulos, sem solavancos, enfim, uma seca. As únicas coisas que ouvia eram a voz do meu pai (acho que ouvi um berro de um golo do Benfica…) e uns ruídos que parecem do outro mundo, vindos das tripas malucas da minha mãe (que soam a monstros da lagoa negra).
Como sou um bocadinho alarmista, e já não estava a achar muita piada a estar completamente sereno, hoje de manhã toca de dar uns pontapés com força naquela coisa almofadada que está entre mim e a barriga da minha mãe. Pelos vistos resultou, porque hoje o dia está a ser bem mais animado. Mesmo assim tenho continuado a mandar umas biqueiradazitas de vez em quando a ver se ela esperta de vez.
Aparentemente o que aconteceu ontem foi que ela esteve a dormir o dia todo… Que mandriona! Deixa lá mãe, que quando eu nascer não deves ter muito tempo para dormir, muahahahah!

09/12/11

Há dias em que não se devia sair de casa...

Há a fabulosa teoria de que as grávidas não devem enervar-se nem entrar em stress, porque isso passa para o bebé. Aparentemente é verdade, já que a minha mãe cada vez fervilha com mais ódio e desejos de assassinato, o que eu apoio e sinto também.
E se são principalmente os médicos que incentivam à calma e serenidade, porque motivo foi uma médica a razão da quase explosão da minha mãe, na passada quarta-feira?
Primeiro, não se percebe o porquê de ter que se ir perder tempo ao centro de saúde pedir uma credencial para fazer exames e análises obrigatórias aquando da gravidez. Se a grávida pertence ao SNS, se paga os seus impostos, e mais importante, se tem já um papel que indica que está isenta de todas as taxas moderadoras, qual a razão da porcaria da credencial? É só porque é divertido ir perder tempo e gastar mais papel, incentivando a maravilhosa burocracia?
Depois, a consulta da minha mãe estava marcada para as 12h, pelo que ela teve que sair a correr do trabalho às 11h (sim, ela trabalha no fim do mundo), para às 14.30h, ainda sem ter almoçado, lhe dizem que ainda tem mais duas pessoas à frente. Foi então almoçar rapidamente uma sopa e uma sandes de panado (uau, que refeição nutritiva e satisfatória para mim) e quando voltou ao centro de saúde, perguntou a um recepcionista com quem ainda não tinha falado se já a tinham chamado, ao que ele respondeu que não. Mas calma, a conversa foi mesmo assim, ela não mencionou como se chamava e o homenzinho, que nem sequer parava quieto na sala de espera, logo não poderia saber se a tinham chamado ou não, respondeu logo que a médica não tinha chamado. E não, também não era o caso de a médica não ter chamado ninguém, já que as duas pessoas à frente da minha mãe já lá não estavam.
Finalmente a minha mãe foi chamada, quase às 15h. Ao dar a requisição dos exames passados pela médica particular (dessa nós gostamos muito), a médica do centro de saúde começou logo a dizer que não passava essas análises porque eram muito caras e era só para gastar dinheiro. São caras para quem? Para a minha mãe que agora vai ter que desembolsar cento e tal euros por cada análise que esta gaja não passou? Portanto, logo aí começou muito mal, já que o propósito da ida ao fabuloso centro de saúde eram essas credenciais.
Depois a médica decide pesar a minha mãe numa balança de há dois séculos, daquelas com pesos que se mexem mais para um lado ou outro até equilibrar. Oh, espanto, 59,5kg! A minha mãe ficou perplexa e pensou que afinal a sandes de panado devia ser de elefante, já que ela há uma semana e pouco pesava 55kg. A médica marcou esse peso estúpido no livrinho da grávida (não se preocupem que a minha mãe já riscou essa anormalidade e pôs o peso real dela, que são 56kg, pesados depois de jantar nesse mesmo dia).
Outra maravilha foi medir a tensão da minha mãe, que costuma ser 10/6, depois dela ter almoçado, bebido café, e estar a espumar de ódio pelo tempo que esperou para depois sair de lá sem as credenciais. Estava com 13/6, olha mais uma surpresa!
Outras pérolas dessa consulta foram dizer que a ecografia que a minha mãe tem marcada para dia 19 (quando já faço 21 semanas, para as pessoas que se entendem a falar em semanas) era demasiado precoce, deveria ser só às 24 semanas (perdão? Em que planeta?), que a partir de agora só a atenderia às 15h (sim, para quem trabalha no fim do mundo e tem que compensar horas, dá um jeitão) e a cerejinha no topo do bolo: “Está com um ar abatido, tem que descansar mais!”. Ora vejamos… Mais de três horas à espera, para não ter as credenciais de que precisava, chamarem-lhe mamute obeso, e ainda esperava que a minha mãe estivesse fresca, fofa e bem disposta?!
Ufa, tinha mesmo que desabafar. Esta vida já é muito stressante aqui dentro da barriga, imagino quando sair aí para fora…

05/12/11

Mais um mês no bem bom

Não tenho andado a cumprir com os meus relatos, como se pode comprovar, mas sou um bebé muito ocupado, e estas últimas semanas têm sido uma estafa!
Aparentemente já tenho 19 semanas, o que para pessoas que falam normalmente  como eu e os meus pais, dá quatro meses e meio (não percebo porque contam a nossa idade em semanas…). E nestas últimas semanas tenho mudado muito, já não estou com um aspecto tão extraterrestre como antes, devo ter cerca de 15 centímetros( mais ou menos o comprimento de uma batata doce grande) e devo pesar quase 250 gramas.
A minha vida dentro da minha mãe é um bocado barulhenta (credo, mas que raio ela come para o estômago fazer aqueles barulhos esquisitos?) mas calminha, excepto quando ela corre que nem doida para não perder o comboio ou o autocarro (ou vai andar de GoCar com o meu pai e há solavancos por todos os lados). Para meu maior conforto, decidi instalar-me mais para o lado esquerdo dela, está-se bem aqui!
Os meus pais já me andaram a ver numa ecografia que fizeram em Outubro, onde ouviram o meu coração e viram que aparentemente tenho tudo no sítio, e depois numa ecografia feita à revelia no mês passado, quando a minha mãe foi fazer um rastreio do segundo trimestre (para ver que eu não tinha problemas de malformações). Esta ecografia foi feita por uma enfermeira que achou que era simpático mostrar-me aos meus pais, que já não me viam há mais de um mês, e eles adoraram, embora não percebam muito do que se passava no ecrã.
Neste momento continuo na boa vida, a comer e dormir, só preocupado em crescer bem… A minha mãe tem-se queixado de que eu não comunico, mas eu bem tento! Farto-me de mexer e dar pontapés, só que há aqui uma coisa tipo amortecedor entre mim e a barriga dela e deve ser por isso que ela não me sente tanto. O meu pai tem falado comigo, consigo já ouvi-lo bem, e acho que outro dia ele conseguiu ouvir o meu coração por ter posto o ouvido na barriga da minha mãe (o que para ela é um grande sacrifício, já que tem muito nojo de umbigos e barrigas).
Daqui a duas semanas vão espreitar-me outra vez numa ecografia mais detalhada, e como sou um bebé que respeita muito os seus pais, vou continuar a não mostrar partes que eles não querem ver (eles preferem ser surpreendidos na questão de se sou menino ou menina!).

04/10/11

Wooohoooo cá venho eu!

Nunca mais vim cá escrever nada, mas tive boas razões!
Na verdade andei ocupadíssimo a ver se era desta que finalmente aparecia. E não é que consegui? Ah pois é, sorrateiramente achei o caminho até à barriga da minha mãe e cá estou à espera de crescer mais um bocadinho para que os meus pais me consigam ver.
Obviamente que eles estão babadíssimos e ansiosos por contarem a novidade a toda a gente, mas por enquanto só os meus avós é que sabem. Disseram aos meus pais que era muito cedo para já toda a gente saber (eu acho que já tenho 2 meses, mas a minha mãe ainda não percebe lá muito destas coisas).
Quanto às análises da minha mãe, só lhe fiz foi bem, porque ela já não tem anemia nem falta de ferritina, enfim, está fabulosa. Agora está é sempre cheia de fome, talvez porque eu preciso de muita comidinha para me instalar bem na barriga dela. Estou constantemente a pedir mais, qualquer dia ela ainda se chateia!
Agora vou ficando por aqui, a estudar as formas de nascer bonito e saudável daqui a cerca de 7 meses (ena pah, estou ansioso!).

03/06/11

A casa nova da K e do X

No sábado passado, a minha mãe, o meu pai, a CC, o G e o PP foram convidados a visitarem a nova casa da K e do X.
A casa é um apartamento todo renovado, em Paço de Arcos, muito perto da praia, o que me reserva um bom futuro de sol e mar sempre que os for visitar!
O prédio está todo renovado, com muito bom aspecto e o andar deles é o segundo e último. Não tem elevador, mas até nem são muitas escadas até lá a cima, faz-se bem!
A casa tem uma sala, dois quartos, uma casa de jantar (que antes também era um quarto), duas casas de banho muito modernas e uma cozinha toda bonita. Tem ainda um sotão em madeira, com uma clarabóia que deixa entrar muita luz, mais uma casa de banho e imenso espaço de arrumação.
Depois de vista a casa, foram dar um passeio pela marginal, com muita sorte por não chover. Voltaram a casa, jantaram os petiscos feitos pela K e pelo X e jogaram uns quantos jogos na Wii.
Espero que me convidem muitas vezes para os visitar, pelo menos os meus pais sabem que eu estaria em boa companhia e numa casa muito gira!

25/05/11

A Maria dos Anjos

A Maria dos Anjos é a emprega doméstica dos sonhos dos meus pais.
A Maria dos Anjos arruma, limpa, aspira, cozinha, passa a ferro e tudo isto sem se queixar.
A Maria dos Anjos não se importa com as pilhas de roupa usada em cima do sofá, que se vai acumulando ao longo da semana por não haver paciência de a arrumar, e mete-as a lavar.
A Maria dos Anjos não lava a roupa para a deixar estendida durante dias ou semanas, até ficar tão tesa e poeirenta que tem que ser novamente lavada.
A Maria dos Anjos limpa o pó todos os dias, de forma a que os móveis castanho escuros em wengue não tenham uma camada enorme em cima.
A Maria dos Anjos sabe o que os meus pais querem comer ao pequeno almoço e prepara-o para eles não se atrasarem para o trabalho.
A Maria dos Anjos não deixa que o pão ganhe bolor por estar há muitos dias na caixa do pão (que convenhamos também não é de muito boa qualidade porque já está toda a desfazer-se e não protege nada).
A Maria dos Anjos tem uma força hercúlea que lhe permite afastar a cama pesadíssima dos meus pais para aspirar por baixo e não deixar formar um tapete farfalhudo de cotão.
A Maria dos Anjos não se importa de andar de rabo para cima a apanhar os milhares de cabelos que a minha mãe espalha diariamente pelo chão.
A Maria dos Anjos, apesar dos poucos armários existentes, sabe sempre onde arranjar espaço de arrumação e não deixa nada fora de sítio.
A Maria dos Anjos sabe sempre o que tem prioridade para ser passado a ferro, evitando minutos preciosos perdidos de manhã em busca de uma peça de roupa que se pensava que poderia levar e afinal está toda amarrotada.
A Maria dos Anjos não deixa que os bichinhos de prata (aqueles nojentos cinzentos e com antenas) entrem em casa.
A Maria dos Anjos recebe menos que 7 euros à hora, não se mete onde não é chamada e é sempre educada e bem disposta.
A Maria dos Anjos deve andar algures por aí… Mas onde?

20/05/11

Pensamento do dia...

Não é bem do dia... é mais da vida da minha mãe!

11/05/11

Os três azarados da vida airada

Era uma vez três amigos, a minha mãe, a CC e o PP, muito fartos de não serem milionários.
Um belo dia decidiram fazer uma sociedade para jogarem no Euromilhões, fazendo cada um deles uma chave e dando dois euros por semana a um elemento do grupo, para que este registasse o boletim. O acordo começou a fazer efeito em Agosto de 2010.
Todas as semanas, sem falta (excepto uma em que a CC se esqueceu), o boletim era registado. Todas as semanas os números sorteados eram totalmente diferentes dos escolhidos pelos elementos da sociedade.
O primeiro elemento a registar o boletim foi a CC, que nunca tendo surtido efeitos, foi despromovida e passada a responsabilidade para o PP. A sorte continuou a mesma. A minha mãe tentou mudar a tendência numa semana em que o PP estava de férias, mas nada.
Finalmente ontem, havendo a novidade de um sorteio às terças-feiras, foi dada a honra ao meu pai de ser ele o depositário. O resultado? Nada outra vez.
Resumindo… Desde Agosto que, todas as semanas, estas três pobres almas jogam com o seu precioso e muito custoso dinheiro e com as suas já escassas esperanças, para até agora terem ganho ZERO!
E, até agora, não viveram ricos para sempre…

10/05/11

No sábado há jantar de grupo!

No próximo sábado vai haver um jantar que reúne a maior parte dos amigos dos meus pais, pelos menos aqueles que se consideram realmente amigos.
Finalmente vão-se encontrar todos, passados vários meses, para uma alegre noite de cusquices, mal-dizeres e gargalhadas.
As novidades expectáveis vão ser a entrega de certos objectos larapiados ao Z e S que se casaram o ano passado e a eminência do nascimento da minha futura amiga, filha do M e da H.
As não expectáveis, mas que seriam bem vindas, poderiam ter a ver com casamentos futuros, compras de casa (pois, que agora não está nada bom não) e mais nascimentos previstos para eu já ter muitos amigos quando decidir nascer!

05/05/11

Más notícias

Há uns tempos a minha mãe foi à Medicina no Trabalho, onde fez análises que depois não deram resultados muito animadores. Sendo uma das poucas sortudas que neste país ainda desfruta de médica de família (em vez de pagar 90 euros por uma consulta de urgência num hospital particular cujo nome não será mencionado, que a deixou mais de 2h à espera e que culminou no mau atendimento), repetiu as análises e fez mais umas quantas.
O diagnóstico foi anemia, com níveis de ferritina escandalosamente baixos, e também hipoglicémia. Resultado, agora tem que tomar um monte de comprimidos de manhã e pior de tudo, tem que tomar o pequeno almoço!
A minha mãe é daquelas pessoas que não tem fome nenhuma de manhã, portanto este tratamento está a ser bem custoso. Para piorar um bocadinho, foi-lhe “recomendado” (é mais exigido) que comesse de três em três horas, porque os níveis baixos de açúcar derivavam de comer poucas vezes ao dia (se bem que cada vez que comia era a alarvice total) e poderiam resultar mais tarde em diabetes (só boas notícias e nada assustadoras).
Estou a ver que ainda tenho muito que esperar para existir, porque com a minha mãe assim toda podre isto não vai lá…

12/04/11

Fama!

A minha mãe e a minha avó foram entrevistadas para a televisão!
Iam muito bem pela rua, quando avistaram uma senhora com um microfone e um senhor com uma câmara. A minha avó disse logo “Olha, é por causa do FMI”, ao que a minha mãe respondeu muito delambida “Não não, é por causa da greve dos comboios!”. Afinal era para dizerem como se escrevia uma palavra com o novo acordo ortográfico…
A minha avó respondeu e então a jornalista virou-se para a minha mãe, que além da resposta mandou um “Se bem que eu não concordo com esse acordo ortográfico”. A senhora ficou muito parva a olhar e perguntou “Ah, pois… Mas mesmo assim, era assim que escreveria a palavra”, ao que a minha mãe respondeu “Pois, lá tinha de ser…”. Disseram-lhes que tinham acertado na resposta, lá foram as duas muito contentes pela rua e agora aguardam ansiosamente pela sua aparição de 15 segundos de fama na televisão! (Obviamente que a minha mãe vai ser censurada porque ninguém lhe perguntou se gostava ou não do acordo ortográfico e de malucos opinantes estão os jornalistas fartos).

Yah Mon!

Os meus pais já voltaram da sua viagem à Jamaica! Correu tudo bem, apenas com alguns percalços de percurso, como ficarem com a mala de viagem destruída (sem uma roda e sem a pega), joelhos esfolados e uma constipação gigante que atacou a minha mãe.
Nesta viagem, ao contrário da da lua-de-mel, conseguiram lugares juntos no avião, embora muitos casais com criancinhas lhes tenham passado à frente no check in (quando eu nascer já podem fazer o mesmo esquema).
O hotel era muito bom, divertiram-se imenso e fizeram as três excursões planeadas, que valeram bem a pena! Da viagem à Jamaica, ficam as seguintes conclusões:
1 – É proibido fumar marijuana, excepto no mausoléu do Bob Marley;
2 – Os jamaicanos não sabem fazer fritos;
3 – Os assistentes de bordo (vulgos hospedeiros) que fazem esta viagem têm direito a ficarem no hotel durante uma semana com tudo incluído;
4 – As chamadas para Portugal são caríssimas;
5 – Andar a cavalo deixa o rabo muito dorido (muito mesmo);
6 – Os espanhóis não falam inglês (nem querem);
Concluindo, estes dias serviram para os meus pais terem a certeza de que a rotina de ir para a praia todos os dias, ter quem lhes faça e prepare as refeições e terem um quarto gigante sempre limpo por outra pessoa, é sem dúvida um estilo de vida que não se importavam de adoptar!

18/03/11

Feliz Aniversário OláJ!

No passado dia 15 o meu tio OláJ fez anos!
Ultimamente ele anda muito viajado… Foi para o Rio de Janeiro na semana passada e agora está em Budapeste. No dia de anos dele os meus pais não o conseguiram ver, mas conseguiram ligar-lhe e desejar-lhe parabéns.
O meu tio OláJ é um rapazinho algo peculiar… Sempre que se fala com ele, levam-se respostas inesperadas e hilariantes, mesmo em assuntos supostamente sérios. Gosta de deixar que os outros adivinhem, em vez de contar o que se passa na vida dele e não bate muito bem da cabeça, com algumas opiniões e comentário que faz de vez em quando. Mesmo assim os meus pais e os meus tios gostam muito dele, convidam-no sempre para todos os mega eventos que promovem e é um membro vip do núcleo duro de amigos que todos formam!

Já só faltam 4 dias!

Jamaica, lá vão eles!
É já para a semana que os meus pais viajam para a Jamaica, uma boa viagem para recarregarem baterias, que bem precisam. No entanto, a viagem ainda não está paga, só amanhã é que vão à agência de viagens para liquidar a dívida.
Eles já andaram a investigar o que se pode fazer por lá e chegaram à conclusão de que querem visitar as cataratas de Dunn’s River, a Lagoa Luminosa e andar a cavalo no mar (esta parece boa, heim?!). Também já trocaram euros por dólares para pagarem algumas coisas por lá, incluindo os já tradicionais “recuerdos” para a família e amigos.
Agora só falta fazerem as malas e esperarem ansiosamente pelo dia da viagem!

07/03/11

Carnaval, alguns levam a mal...

Aqui há uns anos, os meus pais e os amigos costumavam celebrar o Carnaval em grande. Mascaravam-se e iam para Torres Vedras pular e saltar, até que a minha mãe se fartou de levar com coisas na cabeça e deixaram-se disso.
O melhor ano foi quando o meu pai e o tio G se mascararam de matrafonas. Uns dias antes do Carnaval foram com a minha mãe à Baixa comprar vestidos brilhantes, meias de rede, perucas e outros acessórios. Escusado será dizer que a prova de roupas femininas nas lojas foi hilariante, deixando as empregadas ou de boca aberta ou a rirem-se muito. Com tudo pronto, rumaram a Torres Vedras, onde se juntaram à tia CC e mais uns quantos amigos. Pintaram as unhas, maquilharam-se e lá foram os dois super sexy para a folia.
Hoje em dia todos trabalham e já não têm muita paciência para fazerem figuras tristes e serem agredidos com sacos de papel recheados de fuligem. Mesmo assim, quando eu nascer, espero que me mascarem e me levem a ver o Carnaval no seu melhor!

01/03/11

Shhhhh!

Não deve haver nada que irrite mais a minha mãe que gente alegre de manhã.
Ela já não tem um acordar muito fácil e tudo piora significativamente quando alguém se põe a cantarolar, a pular e dançar, a falar de assuntos concretos ou a querer tomar decisões importantes.
Tudo começou com os meus avós, mais especificamente quando iam de férias para o Algarve. Obviamente que eles acordavam primeiro e depois tinham que a acordar a ela, uma tarefa nada fácil. Enquanto ela ficava a mandriar, naqueles minutinhos antes de finalmente se levantar, os meus avós ligavam o rádio (que passava quase sempre o mesmo raio de música), andavam a falar alto, comiam um pequeno-almoço muito contentes, enquanto a iam chamando pelo diminutivo do nome, de vez em quando. Ela, irritadíssima, lá acabava por se levantar, furiosa e a barafustar.
Quando se casou, pensou que tudo isso iria mudar, mas não poderia estar mais enganada, O meu pai acorda com a energia toda carregada, põe-se a cantar, a dançar e a falar de depósitos a prazo que deveriam fazer, isto tudo enquanto a minha mãe range os dentes em fúria.
Portanto, para que conste, o período da manhã é a altura do dia em que a minha mãe odeia tudo e todos verdadeiramente, e no qual é aconselhável permanecer em silêncio total e com o mínimo de movimentos possível.

25/02/11

Jamaica!

Os meus pais estão a planear ir de férias para a Jamaica.
Amanhã vão tentar comprar a viagem para lá, a um preço jeitosinho e que não pese muito nas carteiras!
A Jamaica é dos poucos países mais conhecidos das Caraíbas que a minha mãe ainda não visitou. Ela teve muita sorte, também por ser filha única e por os meus avós a terem levado sempre nas viagens que faziam. Assim ela já conhece Cuba, a República Dominicana e o México, sendo que a este o meu pai também já foi na lua-de-mel.
Como no ano passado o destino da viagem foi Itália, os meus pais chegaram de férias muito mais esgotados do que tinham partido, porque se fartaram de andar a pé. Então este ano a minha mãe decidiu que as férias deveriam ser passadas de papo para o ar, de forma a recarregarem baterias e que para o ano poderia então haver mais uma viagem cultural. O meu pai é que não gosta nada de estar parado, por isso anda a investigar o que podem visitar na Jamaica. A sorte da minha mãe é que não é um país com muito para ver.
Espero ter tanta sorte como a minha mãe e que os meus pais me levem sempre com eles nas viagens, mesmo eu tendo ou não irmãos!

16/02/11

Para mais tarde recordar!

Há quase um ano e meio, os meus pais, a CC, o PP e o G foram juntos a Barcelona. Todas as pessoas que lá tinham ido só diziam maravilhas. Para eles foi diferente…
A viagem começou bem, porque mesmo num voo low cost tiveram direito a lugares melhores, já que não ia muita gente no avião. O apartamento onde ficaram também era muito bom, a localização também, e até aqui, tudo bem. O pior foi a péssima comida, o mau cheiro em todas as ruas (algo de muito errado se passa com aquele sistema de esgotos…), os problemas para alugar um micro carro para cinco pessoas, o GPS que enlouqueceu e os mandou por caminhos obscuros e sempre com portagens, e a minha mãe se constipar e pensar que tinha gripe A.
No caminho para Barcelona, vindos de Puerto Aventura (para esquecer), repararam que um camião ia sempre atrás deles. Para onde quer que virassem, o camião seguia-os. Começaram a imaginar os filmes de terror, em que um maníaco persegue um grupo de amigos e os mata um a um. E de facto parecia mesmo que era esse o caso, já que mesmo que o carro acelerasse, o camião acelerava também e se abrandavam o camião aproximava-se ameaçadoramente. Finalmente viram-se livres dele quando entraram em Barcelona e ninguém foi assassinado.
Quando regressaram vinham mais cansados do que quando partiram de férias, mas ao menos em cada viagem que fazem ficam sempre com histórias mirabolantes para mais tarde recordarem.

15/02/11

Dia dos Namorados

Ontem foi o dia de São Valentim (se é São, devia ter sido feriado), mais conhecido como o dia dos namorados.
Foi o primeiro dia dos namorados em que os meus pais não foram jantar fora. Não porque já estão casados e não acham piada à coisa, mas simplesmente porque era um dia de trabalho (eu bem digo que deveria ter sido feriado), porque os restaurantes estão sempre apinhados e servem pior neste dia e porque estava a chover que se fartava.
Ficaram então em casa, a minha mãe fez um salmão com queijo creme e ervas aromáticas, envolvido em massa folhada, e viram um filme quentinhos no sofá. Foi diferente, ficaram bem comidos e assim no final da semana já podem ir jantar fora como normalmente vão, sem confusões ou preços exorbitantes.
Quanto a prendas, já há vários anos que se deixaram disso nesse dia… Principalmente depois do primeiro ano de namoro, quando o meu pai despachou para a minha mãe uns Ferrero Rochê de que não gostava e que lhe tinham impingido no Natal (sabe-se lá se estariam ainda dentro da validade).

11/02/11

Pombos mutantes...

É minha impressão ou os pombos estão cada vez maiores?

02/02/11

Pessimismo

Quando há esforço e bom trabalho, mais importante que um aumento de salário ou de regalias, é o reconhecimento. Infelizmente não é uma prática muito comum, actualmente.
Tanta gente mal aproveitada nos empregos que actualmente têm… Pessoas que tinham boas ideias, inovações e melhorias, pessoas com vontade de fazer sempre mais e melhor ou pessoas com um espírito empreendedor e vencedor.
Não que antes fosse diferente, mas ao menos havia a honestidade de se dizer logo o que se pretendia dos trabalhadores, que fossem mais “carne para canhão”. Actualmente a situação é a mesma, mas vão-se iludindo as pessoas com promessas inalcançáveis e palmadinhas nas costas, que mais tarde se revelam em facadinhas. Para piorar a situação, há sempre os famosos casos em que se premeia a incompetência e o “graxismo”.
O resultado desta falta de aproveitamento do potencial das pessoas é a estupidificação, a revolta, e consequentemente, a procura por algo melhor. O pior é que é tudo igual, essa é que é a verdade.
E então, de que serve queixar, querer mudar e almejar pela melhoria, se isso não existe?

26/01/11

Apelo aos meus pais

Um apelo muito importante aos meus pais…
Desde o primeiro dia em que eu existir, por favor eduquem-me bem! Não quero ser um bebé birrento e mimado, não quero ser um bebé mal-educado nem violento e não quero ser um bebé que dá com toda a gente em maluca!
Muitas vezes, quando os meus pais andam a passear, vêem um bebé a portar-se mal. O primeiro pensamento que lhes passa pela cabeça é a dúvida que muita gente tem “Será que tem alguma doença ou será mesmo má educação?”. Claro que a maior parte das vezes, o que está mal com esse bebé é a forma como está a ser criado, seja culpa dos pais ou das pessoas com quem ele passa mais tempo.
Não quero que me dêem maus exemplos, estando em constantes discussões, não quero assistir a actos violentos (não que eles existam actualmente!), não quero que me façam as vontades todas, não quero que me dêem tudo o que eu pedir e não quero que ignorem quando eu fizer alguma asneira.
Portanto, uns “NÃO” quando se justifica, uns olhares de respeito e castigos educativos (como ficar sem ver televisão ou sem mesada, ou sem comer a sobremesa) serão muito bem vindos para mim, quer quero ser um bebé exemplar e mais que isso, um adulto bem formado!

20/01/11

Depressa e bem, não há quem...

Há uns dias, de manhã, no meio do caos e da pressa que já são habituais para os meus pais saírem de casa para o emprego, a minha mãe lembrou-se de que não tinha descongelado nada para o jantar. Pediu então ao meu pai, carregado de coisas e já com o casaco vestido, para tirar qualquer coisa do congelador. Ele, furibundo, lá começou à procura de uns bifes de peru, enquanto reclamava, até que descobriu que os bifes não queriam sair e aí perdeu as estribeiras. Começou a insultar os bifes e mandou o que tinha nas mãos para o chão.
A minha mãe, entretanto muito parva a ver aquela cena, achou melhor ir deitar fora o lixo e encontrar-se com o meu pai na garagem. Quando se voltaram a encontrar no elevador o meu pai diz “Olha… Não sei se apaguei a luz da cozinha… Tens que ir lá ver!” (acho que ainda não mencionei a obsessão por luzes ligadas do meu pai, que não pode ver uma divisão vazia com a luz acesa e prefere estar às escuras que gastar luz). A minha mãe lá voltou a casa, enraivecida, e confirmou que a luz estava desligada.
O dia passou, cansativo como sempre, e finalmente chegou a hora feliz do regresso a casa. A minha mãe chegou primeiro, entrou na cozinha e viu água no chão, ao pé do congelador… Estranho… Eis que repara que a porta do congelador tinha ficado aberta e lá dentro estava um caos de gelo por todo o lado (o congelador é dos que não é suposto fabricar gelo).
O ódio explodiu, mandou uma mensagem para o telemóvel do meu pai a ofendê-lo e que era bom que ele não lhe aparecesse à frente. Esta mensagem mágica fez com que o meu pai chegasse a casa dentro de poucos segundos.
O resto da noite foi passada a tratar do congelador, o meu pai a limpar as gavetas e a comida que (miraculosamente) não se tinha estragado, e com a minha mãe a escavar as paredes de gelo, com uma espátula de madeira, enquanto berrava “É melhor esfaquear o gelo do que a ti!” e lançava olhares de fúria ao meu pai…
Os bifes de peru que eram para o jantar, ficaram para o dia seguinte, porque nessa noite já ninguém jantou, de tão cansados e amuados que ficaram.

17/01/11

Muitos Parabéns Primito!

Hoje o meu primo H faz 2 anos!
Este ano ainda não vou poder comemorar com ele, mas no futuro espero que ele seja sempre meu amigo e me convide para os aniversários!

13/01/11

Bad hair days

Os meus pais são muito cabeludos.
A minha mãe luta sempre para que o cabelo deixe de formar canudos, vire as pontas para fora ou fique frisado e volumoso quando chove ou há mais humidade. Dificuldades de quem tem um cabelo que mais parece arame, de tão forte e grosso como é. Recentemente encontrou o seu melhor amigo, um ferro de alisamento e anda encantada da vida.
Já o meu pai não pode deixar crescer muito o cabelo sem começar a parecer-se com um membro de uma tribo perdida de uma qualquer ilha exótica. O cabelo dele é muito espesso e negro como carvão e actualmente anda a fazer uns remoinhos malucos que o fazem parecer um bocadinho louco.
Estou a ver que o meu futuro cabelo me irá dar bastante trabalho…

07/01/11

A tatuagem da mãe

A minha mãe tem uma tatuagem. Ela não é camionista nem motard, não é punk e não anda toda descascada por aí a chamar atenções. Simplesmente um dia ficou inspirada, depois de muitas noites a ver o “Miami Ink” e decidiu aventurar-se.
Decidiu-se por um desenho com uma lua, em homenagem a uns desenhos animados de que é fã, umas estrelas com rabiscos, por serem bonitas, e finalmente o símbolo do casamento dos meus pais, um J e um V, por razões mais que óbvias. Esta última componente poderia ser criticada, já que se ouvem muitas histórias de quem se arrepende de tatuar o nome alheio quando esse alheio no futuro se porta mal. Mas neste caso até pode significar um “Já Volto” e além disso, os meus pais obviamente que não se vão portar mal.
Foi então à loja de tatuagens (muito bem investigada e referenciada para que fosse 100% segura e higiénica) com o meu pai (enganado e sem saber o que ia acontecer), a tia CC e o tio PP (que queriam ver o escândalo de quando o meu pai descobrisse o que ia acontecer).
A princípio ele nem queria acreditar e nem olhar a minha mãe nos olhos conseguia. Mas depois viu que era por uma boa causa e que ela gostava mesmo de a fazer, com a aprovação dele, claro. Então lá foi feita a dita tatuagem, que ficou maior do que todos estavam à espera, mas que nem por isso ficou menos gira. O meu pai segurou na mão da minha mãe o tempo todo (embora na realidade aquilo afinal não doa quase nada, são só umas picadinhas muito rápidas e que passa logo a impressão).
Como a tatuagem é no fundo das costas, a minha mãe quase se esquece de que a tem, mas o meu pai adora olhar para ela e está muito satisfeito!

04/01/11

Ano novo, banha nova...

Como quem sai aos seus não degenera, suponho que não vou gostar da maior parte dos doces de Natal…
Os meus pais não gostam de Bolo Rei, Bolo Rainha, de frutos secos ou cristalizados, de rabanadas, fatias douradas, coscorões, sonhos e fritos em geral. O meu pai ainda vai comendo uma ou outra filhós, mas a minha mãe nem isso.
Para eles o Natal é época de comer doces, sim, mas daqueles mais comuns, que geralmente existem todo o ano e que nesta época se podem comer todos os dias, sem culpas.
Nos últimos dias, os jantares deles têm sido sempre finalizados com os restos dos doces que sobraram das festas, o que provavelmente se vai traduzir numa certa balança atirada pela janela fora não tarda muito. Há pudim de café, tronco de natal (vulgarmente conhecido no resto do ano como “torta de chocolate”), serradura (não são restos de madeira, mas é um doce muito bom de natas, leite condensado e bolacha Maria), torta de laranja, tarte de maçã (especialidade da minha mãe, que este Natal foi feita pelo meu pai!) e as trufas de chocolate da minha avó. Ai as trufas…
Como consequência primordial chocante, a minha mãe descobriu hoje de manhã que está com um pneu gigante à volta da cintura e que se calhar é por causa dessa bóia flutuante que ontem quase não conseguiu vestir as calças do fato para ir para o trabalho…