07/01/11

A tatuagem da mãe

A minha mãe tem uma tatuagem. Ela não é camionista nem motard, não é punk e não anda toda descascada por aí a chamar atenções. Simplesmente um dia ficou inspirada, depois de muitas noites a ver o “Miami Ink” e decidiu aventurar-se.
Decidiu-se por um desenho com uma lua, em homenagem a uns desenhos animados de que é fã, umas estrelas com rabiscos, por serem bonitas, e finalmente o símbolo do casamento dos meus pais, um J e um V, por razões mais que óbvias. Esta última componente poderia ser criticada, já que se ouvem muitas histórias de quem se arrepende de tatuar o nome alheio quando esse alheio no futuro se porta mal. Mas neste caso até pode significar um “Já Volto” e além disso, os meus pais obviamente que não se vão portar mal.
Foi então à loja de tatuagens (muito bem investigada e referenciada para que fosse 100% segura e higiénica) com o meu pai (enganado e sem saber o que ia acontecer), a tia CC e o tio PP (que queriam ver o escândalo de quando o meu pai descobrisse o que ia acontecer).
A princípio ele nem queria acreditar e nem olhar a minha mãe nos olhos conseguia. Mas depois viu que era por uma boa causa e que ela gostava mesmo de a fazer, com a aprovação dele, claro. Então lá foi feita a dita tatuagem, que ficou maior do que todos estavam à espera, mas que nem por isso ficou menos gira. O meu pai segurou na mão da minha mãe o tempo todo (embora na realidade aquilo afinal não doa quase nada, são só umas picadinhas muito rápidas e que passa logo a impressão).
Como a tatuagem é no fundo das costas, a minha mãe quase se esquece de que a tem, mas o meu pai adora olhar para ela e está muito satisfeito!

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