27/10/10

Dificuldades

Não está a ser fácil aprovarem o crédito à habitação dos meus pais...

O banco em questão está a dificultar, saiba-se lá porquê. Tenho ouvido que o negócio dos bancos é emprestarem dinheiro, portanto não percebo como podem querer agora não emprestar a duas pessoas que têm rendimentos fixos não tão baixos como isso e já com uma outra casa praticamente paga.

A última é que exigem um seguro de protecção ao crédito. Os meus pais teriam que dar à partida mais de €3500 e esse crédito só é válido por 5 anos, em caso de doença ou despedimento. Ridículo. Sendo assim, os meus pais vão ver se há alternativa noutros bancos, mas já vi mais perto a minha futura casa ficar efectivamente para nós.

O meu pai anda muito preocupado com toda esta situação, até porque ele gosta muito da minha futura casa e quer fazer de tudo para conseguir ficar com ela. Isto implica que, mesmo indignado, tente cumprir o que o banco lhe exige. A minha mãe, que é extremamente revoltada e refilona, começa a dizer mal de tudo e todos no banco, mas o resultado é que o meu pai pensa que ela está a refilar é com ele e ficam os dois amuados.

Esta situação até a mim me deixa com altos níveis de stress e ainda nem existo oficialmente!

19/10/10

Palavra do dia: "Amuadora"

Não é um erro ortográfico, não é a periferia de Lisboa, é mesmo um termo que hoje foi utilizado pela tia CC.

O acto de amuar, hoje em dia, é visto como uma atitude imatura e parva. Eu penso que realmente não poderia estar mais errado. Pelo contrário, é na verdade a melhor atitude que se pode ter quando alguém nos chateia ou teima em alguma idiotice.

Um exemplo é quando dizemos uma palavra mas alguém ouve outra. Depois fica a insistir que nos enganámos e que dissemos uma asneirada qualquer. Pior ainda é quando são vários a dizerem o mesmo, mesmo que tenhamos a certeza absoluta do que dissemos. Nestes casos pergunto, mais vale aparvalhar sem possibilidade de sucesso, ou mais vale amuar e simplesmente ignorar?

Também na maior parte das discussões diárias, com amigos, familiares ou pior, com superiores nos empregos, mais vale "engolir o sapo" e amuar, do que insistir em discussões que provavelmente não irão acabar nada bem para nós.

Melhor ainda, quando estamos a discutir um ponto de vista e alguém finalmente nos convence de que eles é que tinham razão e não nós... Aí acho que devemos amuar, não dizer mais nada para não nos comprometermos e fingir que a discussão acabou, não pela razão de outrem, mas sim porque amuámos e não queremos gastar mais o nosso latim!

Assim recomendo a todos que sejam uma pessoa “Amuadora”, já que traz estas e muitas outras vantagens.

18/10/10

Pinturas

O crédito à habitação ainda não foi atribuído (pois é, os meus pais ainda não são milionários), mas a minha mãe já anda a pensar nas pinturas que irá fazer nas divisões da nossa futura casa.

A estratégia planeada é pintar sempre todas as paredes de uma cor, excepto uma que terá uma cor mais forte. Para a sala ela gosta muito de creme claro, a dar para o amarelado e depois de uma parede em creme escuro. Para o quarto que inicialmente será um escritório/sala de desporto do meu pai, ela pensou em cinza claro com uma parede rosa escuro e forte (quase cor de vinho). Para o quarto deles é que está a ter mais dificuldades, mas a inclinação é para um creme e um azul-marinho esverdeado, como têm agora no quarto actual, mas mais claro.

Já o meu futuro quarto por enquanto irá ficar como está, depois eles logo decidem como o irão pintar, antes de eu chegar. Eu acho que gostava de um quarto neutro, porque assim quando tiver irmãos ou irmãs nunca destoa.

Obviamente que o meu pai confia no bom gosto da minha mãe para estas decisões, já que só pediu para não haver grandes extravagâncias!

Eles aceitam críticas, sugestões e ideias para pinturas! Se tiverem alguma opinião, não se inibam!

14/10/10

Ilusões

Parece mentira mas não é...

A minha mãe trabalha num gabinete que tem janela para o exterior (sortuda), que dá para uma praceta rodeada de prédios. A zona é relvada, tem árvores e anda semanalmente pessoal da Câmara Municipal lá do sítio a cuidar do espaço. Com esta descrição parece que a vista é maravilhosa, não é? Realmente visto da janela tem exactamente esse aspecto, até costumam vir criancinhas brincar por lá.

Quando se sai do edifício e realmente se passa pela praceta, a realidade é bem diferente. A relva é mais matinho e ervas daninhas, o chão está totalmente imundo com restos de comida, lixo, osgas e pombos (e também gaivotas, por mais estranho que possa parecer, já que não fica perto de praia nem do litoral). De condutas de ar sai um bafo que torna o ar irrespirável, já para não falar de outros odores que é melhor nem mencionar. As paredes estão totalmente cobertas de grafittis e tudo em geral tem um ar imundo.

De uma janela parece tudo diferente... Suponho que aconteça o mesmo com as pessoas, nunca as vemos realmente até descermos e passarmos a vê-las sem ser por uma "janela".

13/10/10

Coincidências?

Definição de Coincidência:
1. Acto ou efeito de coincidir; simultaneidade.
2. Estado de duas ou mais coisas que se ajustam perfeitamente.
3. Concomitância acidental de dois ou mais fenómenos; acaso.
Há acontecimentos que fazem pensar... No dia 4 de Abril deste ano, os meus pais fizeram um ano de casados. Nesse dia à noite, quando iam para casa, dois carros capotaram inesperadamente poucos metros à frente deles. Agora a casa que estão em processo de compra (já a pensarem em mim) é nesse local... ok, não é o local exacto mas a zona onde o acidente aconteceu.
Será coincidência? Em todo o caso, não me parece um bom sinal!

08/10/10

Planos furados

Afinal os planos que os meus pais e o PP fizeram para quinta-feira saíram furados...

De manhã, prontos para se porem ao caminho, os meus pais receberam um telefonema do PP, que os informou de um acidente no IC19 que tinha cortado a estrada completamente. Ora, eles iam exactamente para o IC19 e não havia volta a dar. Portanto quando o PP chegou, decidiram que iam fazer turismo por Lisboa e lá se puseram a caminho.

Compraram bilhetes diários para autocarro e metro, foram até à Estrela onde apanharam o eléctrico 28, apinhado de gente, para o Chiado. Seguiram em direcção ao Elevador de Santa Justa (€2,9 se não tivessem o maravilhoso bilhetinho diário dos transportes), onde um pombo maldito fez o favor de bombardear o meu pai, que muito horrorizado, teve que correr a um restaurante ali perto para se limpar. Subiram enfim o elevador e decidiram almoçar num restaurante que fica mesmo ao lado do Convento do Carmo. Para sobremesa, um gelado no Santini, que se revelou bem caro e uma desilusão, de acordo com os relatos que tinham ouvido.

No caminho para a Sé, puderam visitar umas exposições (grátis) no Terreiro do Paço, sobre o centenário da República Portuguesa, muito bem organizadas e com pessoas bem simpáticas!

Enfim, não foi banhada, mas poderia ter sido melhor. E hoje com o temporal que esteve, ficaram todos em casa a anhar... Acho que precisam de um bebé divertido como eu vou ser para lhes animar os dias!

06/10/10

Banhadas...

Como é época de crise (espero que já tenha passado quando eu nascer), é aconselhado fazer-se turismo em Portugal. Sendo assim, os meus pais e o PP decidiram que nas férias que tiraram para esta semana iriam fazer turismo por Lisboa e arredores, em vez de viajarem para outra cidade da Europa, como tinham feito nos últimos anos.

Neste momento estão a perguntar-se se terá sido assim tão boa ideia. O tempo não está a ajudar, está calor, mas está a chover e nada convidativo a passeios ao ar livre.

O roteiro tinha sido definido para iniciarem o dia com o pequeno almoço nos Pastéis de Belém, uma visita ao Planetário, visita ao Museu Colecção Berardo, almoçarem rapidamente, irem num cruzeiro pelo Tejo e finalmente visitarem o Museu da Água que se divide em 4 monumentos (o Aqueduto das Águas Livres, a Mãe D'Água, o Reservatório do Patriarcal e a Sede do museu).

O dia começou muito bem, com o PP a atrasar-se e a já não terem tempo para o pequeno-almoço. O trânsito infernal de um dia de chuva deu o seu contributo, portanto tiveram que ir a correr para o Planetário. Quando finalmente chegaram, em cima da hora indicada no site a que iria começar a sessão, a simpática senhora da recepção informou que não havia sessão nenhuma sem ser para escolas. Que tal então actualizarem o site? Furibundos, saíram do Planetário e foram então tomar o pequeno almoço aos Pastéis de Belém, muito caros e com mais fama do que qualidade, mas enfim...

Seguiu-se uma visita pelo CCB, onde visitaram a colecção Berardo. Chamem-nos ignorantes, mas se arte é uma mesa com lápis aleatoriamente atirados lá para cima ou fotografias de gente a depilar-se... então definitivamente não há uma única veia artística nos meus pais e no PP.

Um requintado almoço no MacDonald's, para comer rapidamente e um passeio no Tejo que não aconteceu devido ao tempo chuvoso que se instalou. Seguimos para o Reservatório da Mãe D'Água, isso sim valeu a pena e é muito engraçado, pode andar-se por dentro do Aqueduto e ver-se um reservatório de água enorme e profundo. E ainda bem, porque claro que o Aqueduto propriamente dito estava encerrado e só para o ano é que abre, como o segurança nos informou.

O desapontamento final do dia foi o Reservatório do Patriarcal, no Príncipe Real, que basicamente é um pequeno monte de colunas de pedra com umas escadas de metal pelo meio e.... mais nada! Nem explicações, nem vídeos ou tabuletas, nem água!!! Mas isto tudo pela módica quantia de €1,5.

Amanhã o destino será Palácio de Queluz, Museu do Brinquedo e Quinta da Regaleira. Será melhor ou será mais uma banhada à portuguesa?

03/10/10

Fiesta Mexicana!

Amanhã é dia de mais uma das grandes festarolas que os meus pais dão! Mesmo com uma casa que não é muito grande, quem vem com boa disposição cabe sempre!

O tema desta festa vai ser o México e vai ter direito a música mexicana, os já famosos burritos de frango da minha mãe, guacamole caseira, nachos e tentativas de margaritas, já que é a primeira vez que os meus pais as vão fazer. Depois uns quantos jogos (pensaram numa piñata, mas onde se arranja disso em Portugal?) e se houver tempo um filme para acabar a noite.

Os convidados foram os oito magníficos do costume, mas o X e a K mais uma vez cortaram-se... Há já quem pense que eles não gostam muito do resto do pessoal, mas penso que posso melhorar esse convívio quando decidir aparecer nas vidas deles. Afinal, quem é que resiste a um bebé fofinho?

O mais chato destas festas é que a casa tem que estar minimamente decente para receber pessoas, e isso sim é bem chato para os meus pais, que não são exactamente arrumadinhos e agora têm que andar a limpar, arrumar e esconder tudo!