I'm Back!

Xi, há quanto tempo não venho aqui!

Aposto que pensaram que tinha sido atirado janela fora pela minha mãe, mas não, cá estou eu fresco e fofo, de volta para relatar as minhas desventuras.

A minha ausência justifica-se por… uhm, falta de vontade? Mas a vontade regressou e com ela as minhas novidades.

Portanto, novidades:

·         Já ando sozinho por todo o lado (e sim, ainda não fiz um ano);

·         Já tenho sete dentes (quatro em cima, três em baixo, incluindo os que já tinha ao nascer);

·         Quando vejo um cão chamo “BAU!”;

·         Gosto de brincar a desaparecer de uma divisão e aparecer à porta e “surpreender” quem lá está, ou então tapar-me com os cortinados e mostrar a cara de repente, e desatar a rir-me às gargalhadas;

·         Já bebo água do meu copo sozinho e ao ver comida digo “Mããã” que quer dizer “Nham Nham”;

·         Ainda sou nojentinho e mamo à noite antes de ir dormir (isto começa a parecer-se muito com a Guerra dos Tronos, onde uma maluca dava de mamar ao filho de 12 anos…);

·         Só vou para a cama dormir depois de andar ao colo, senão fico a brincar e não durmo;

·         Já tive o meu primeiro corte de cabelo, fiquei com franjinha à Paulo Bento/Lobotomizado, mas entretanto já cresceu outra vez;

·         Continuo no percentil 10 de peso, mas com o que como e cobiço ao ver os outros comer, não sei como não sou obeso (qualquer dia metem-me na reabilitação de tostas e de pão);

·         Adoro andar às cavalitas da minha mãe, quando ela pára salto logo como quem diz “Vai cavalinho!”;

·         Já sei bater palminhas;

·         De vez em quando, ao ver alguém digo “Gay!”;

·         Actualmente quase tudo é “Bá”, antes já soube dizer “Pópó”.

E assim se passaram estes meses, com muita alegria, noites bem dormidas (quase sempre) e os meus pais cada vez mais satisfeitos comigo. O pior já passou, sem dúvida.

Festas Felizes!

Há muito que já não vinha aqui contar as minhas desventuras, mas agora os dias parece que passam a correr. Tenho imensas novidades desde que aqui escrevi pela última vez:

- Já gatinho a toda a velocidade e como se isso não bastasse, ando sempre a trepar a todos os móveis e pernas alheias para me por de pé.

- Já passei a barreira dos 7kg e já estou mais rechonchudinho.

- Já sei mergulhar na piscina sem engolir 4 litros de água e sem berrar que nem um histérico.

- Continuo sem beber biberon (eca, não é para mim não…).

Entretanto passou o Natal, este ano foi na nossa casa, vieram os meus avós, bisavós e tios. A meio da noite devem ter atingido a tiro o trenó do Pai Natal, porque quando acordei já tinha um milhão de brinquedos novos e algumas roupas também.

Agora o fim de ano também vai ser aqui em casa, desta vez com os amigos dos meus pais. Espero não ficar com medo do fogo de artifício, vai ser lançado mesmo aqui ao pé de nossa casa!

E caso estejam ainda a pensar no coelhinho do caneco, perdeu-se para sempre…

Procura-se!

Este coelhinho do caneco perdeu-se no sábado no El Corte Inglés.

Estava no meu carrinho, a meio da sua sessão de babamento diário, quando um pontapé mais louco o derrubou para o chão. Pensa-se que foi no piso dos bebés, por volta das 17h.

Oferece-se recompensa de puxões de cabelos e beijinhos cheios de baba.

Rapto no Hospital de Santa Maria

Antes que me esqueça deste evento, tenho que o relatar aqui!

Quando nasci, puseram-me uma pulseirinha de segurança à volta do tornozelo, para que se me quisessem roubar, o alarme tocar.

Ora o meu pai, como bom “velho da paragem” que é, mete conversa com toda a gente. Quando esperava para poder entrar na visita, falou com a segurança de serviço e ficou  logo amigo dela. Como tal, achou que era engraçado ir-me mostrar, para também ela ver como eu era um bebé bonito (que não era, estava inchado e esquisito, agora sim, sou um galã). Mas a segurança estava do lado de fora da porta com o alarme, e mal o meu pai passa comigo ao colo para ela me ver, dispara o alarme na minha pulseira. A minha mãe que estava no refeitório a essa hora, ouviu o alarme tocar e as outras mães a comentarem que andavam a roubar bebés e que esperavam que não fosse o delas. Então vê o meu pai passar comigo, grande vergonha!

Desde aí que percebi que a minha família ia ser muito divertida e sempre cheia de peripécias!

Seis meses!

Meio ano! Já tenho meio ano!

Entre outras coisas, o que significa esta meta? Que podia começar a natação. E foi mesmo isso que fiz no último sábado (pronto, aí tinha 5 meses, faltava um dia para os 6), fui para a minha primeira aula de natação nas piscinas do meu clube, o Benfica!

Saímos de casa um bocadinho atrasados e andámos às voltas para arranjar lugar para o carro, por isso cheguei à aula com o meu pai uns 5 minutinhos atrasado. Ora digo-vos, adorei! Se eu já adoro chapinhar no banho (é água por todos os lados, os meus pais saem da casa de banho quase tão encharcados como eu) na piscina foi a loucura. Estavam lá mais meninos e meninas, mas todos mais velhos que eu, a maioria já andava. Nadámos de costas, de barriga para baixo, brinquei com bolinhas que andavam por lá a flutuar, andei ao colo dos professores… Foi muito divertido, o meu pai também adorou. Mas depois um miúdo vomitou e foi a debandada para fora da piscina, um bocado antes da aula acabar oficialmente, por isso esta semana vou mais cedo para compensar.

Entretanto a minha mãe babada assistia à nossa aula das bancadas, a suar que nem um boi porque as instalações estão super aquecidas. Depois fomos para casa e adormeci no carro, pelo que os meus pais pensaram que ir nadar me cansava e que iria dormir muito tempo… Not! Acordei mal cheguei a casa, já deviam saber que a mim nada me cansa!

Agora os meus dias são passados com a minha avó, já que os meus pais já estão os dois a trabalhar, mas eles têm chegado cedo a casa para . Tenho-me portado relativamente bem, se bem que de noite ainda acordo uma ou duas vezes com saudades de colo e miminhos.

Amanhã vou levar a dose de vacinas dos 6 meses e de tarde tenho consulta com a minha pediatra. Espero que ela veja que estou a evoluir muito bem e que o meu peso definitivamente não deve ser uma preocupação, já que como muito bem e tenho energia para dar e vender.

Eles andam aí...

Coisas estranhas acontecem aqui por casa… Estávamos todos a dormir muito bem outro dia, quando às 3h da madrugada a minha mãe acorda com um barulho que parecia que alguém tinha ligado um rádio. Ficou a pensar se seriam os vizinhos que tinham dado em loucos e posto a televisão em altos berros ou se seria o comunicador do meu quarto que tinha apanhado uma frequência de rádio e começado a emitir. Como o som não passava, acordou o meu pai, que também muito abananado não percebia de onde vinha o som. Levantaram-se então da cama e foram ao meu quarto, onde eu dormia pacificamente (uh, tenho-me portado tão bem de noite!) e não havia barulho nenhum. Foram então até à sala e que viram eles? O computador da minha mãe, com a tampa fechada, ligado e a passar um vídeo. Ora isto é muito assustador, já que ninguém tocava no computador desde a hora de almoço, não estava ligado à corrente, não funciona com a tampa fechada e para um vídeo começar, tem que se carregar em “play”.

Alguém me quer explicar o que raio se passou ali? Medo… E ainda não é Halloween!

Bebé de 5 meses vai ao dentista

Hoje fui ao dentista! Sim, tenho cinco meses, mas já nasci com dentes, lembram-se?

Os meus pais andavam preocupados porque o meu primeiro dente (o que já nasceu comigo) estava a ficar amarelado e o segundo dente (que nasceu no primeiro ou segundo mês) está torto: em vez de ser assim “  _  “ está assim “  /  “.

A minha mãe pesquisou na internet e descobriu que o que procurava se chama “Odontopediatria”. Onde lhe pareceu melhor e mais adequado à minha tenra idade foi a Malo Cliniq. O meu pai ligou para lá para marcar consulta, tendo a senhora recepcionista achado estranhíssimo um bebé de cinco meses estar a marcar dentista e perguntado várias vezes se a data de nascimento estava correcta.

Ora hoje de manhã partimos para a minha consulta. A clínica é chiquérrima, tem muitas especialidades e até spa! Na recepção indicam-nos a sala de espera e não esperamos como gado que berrem o nosso nome, não não. Dão-nos uma espécie de comando que quando é a nossa vez vibra, sendo devolvido na recepção, onde nos indicam para que piso seguir para a consulta.

Ao chegar ao piso da odontopediatria (agora que sabemos esta palavra, não queremos outra coisa) foi um sucesso. A enfermeira disse que eu era o paciente mais novo de sempre, era inédito ter nascido com dentes. A dentista era muito simpática e eu só chorei um bocadinho quando ela me lavou os dentes com uma escova que parecia uma broca, mas depois passou-me. Ficaram também muito espantadas em como eu sou tão atento a tudo (lá está, deve ser cegueira) e em como seguro bem a cabeça e me aguento direito (era suposto ser um boneco de trapos? Nem pensar!). Os dentes que já tenho são aparentemente os de leite, não são dentes a mais que tenham nascido e que caíssem agora. O dente amarelo é mesmo a cor dele e o torto não é preocupante porque, aparentemente, quase todas as crianças começam com os dentes assim. Ficou então a indicação para me limparem os dentes sempre que como, só com água e uma gaze ou uma dedeira específica para isso. Daqui a seis meses volto lá para ver a evolução.

Também ouvi por lá que se me nascerem os dentes de cima, como sou muito pequeno, ao beber o leite da minha mãe, não vou ter noção e vou trincar. Aí já sei o que me espera, acaba-se a maminha, literalmente…

A revolta do bebé

Como se já não bastassem as ofensas constantes aos meus pais, devido ao meu peso abaixo da média (e quero lá eu saber da média, engordo o que eu quiser ao ritmo que eu quiser) agora deram para me ofender a mim.

Já comecei a comer papas duas vezes por dia (e mais que fossem) e sopa e fruta ao almoço. Como tudo muito bem, às vezes refilo com a sopa, mas se me derem fruta pelo meio vai tudo! Continuo a beber leite da minha mãe duas a três vezes por dia e tenho dormido muito bem à noite. Até já adormeço sem ser ao colo, sozinho no meu quarto, na minha cama!

Mas como nem tudo pode mudar de um dia para o outro, durante o dia ainda gosto de ser embalado até adormecer, senão não consigo fazer as minhas sestas e depois fico muito rabugento.

Ora outro dia fomos a casa dos meus tios que se casaram há umas semanas e eu não consegui dormir nada. Resultado, estava possesso e a querer que todos se fossem lixar. A minha tia pegou em mim para me acalmar, mas eu nestas alturas prefiro os meus pais ou a minha avó, pelo que continuei a chorar desalmadamente e nem queria olhar para a cara dela. Então ela partiu para as ofensas e perguntou aos meus pais se já tinham falado à minha pediatra destes meus choros (não, eles querem lá saber de mim, até gostam que eu chore) e se ela tinha feito testes à minha visão porque eu nem olhava para ela quando estava ao colo (pois é amiga, acontece quando não estou a gostar da situação, e não, a pediatra é daquelas mais baratuchas, os meus pais viram um anúncio em promoção na internet, portanto testes e exames a olhos e afins? Pffff, para quê?).

Como se não bastasse, ainda perguntaram se eu não teria nanismo (agora por ser magro sou anão???). Ora eu tenho crescido sempre, estou muito comprido, lá porque sou elegante e não daqueles bebés obesos que mal se mexem, que se vêm por aí constantemente, não quer dizer que não seja saudável. Se calhar é porque já faço muito que os outros não fazem. Enquanto passam o dia quietos, com olhar perdido no vazio e a dormirem, eu brinco o dia todo, as minhas pernas e braços não param, já me viro e rebolo todo e estou sempre atento ao que me rodeia, tentando imitar o que vejo. Sim, deve ser sinal de cegueira e nanismo, sem dúvida.

Estou revoltado e sem paciência para aturar estas coisas.

Os meus pais obviamente que também estão ofendidíssimos e a minha mãe tem que parar de se calar a tudo o que ouve e começar a dar respostas tortas. Se não as querem ouvir, não digam barbaridades.

Viva a papa!

Comecei a semana passada a comer papa. Ao princípio não gostava, ou pelo menos fingia, porque me cuspia todo e chorava. Da primeira vez até vomitei tudo (em jacto, pelo nariz e tudo, haviam de ver o dramalhão que foi), mas devia ser por o meu estômago delicado não estar habituado. Agora a história é outra, mal vejo a colher abro logo a boca, como rapidamente (a minha mãe é tããão lenta a dar-me a papa) e delicio-me com ela! Por mim, todas as refeições eram papa, até me deixam mais saciado. No sábado vou comer duas refeições de papa e no domingo vou experimentar sopa. Biberon é que podem esquecer, não é mesmo para mim.

A minha mãe faz anos amanhã e como prenda de anos adiantada, nas últimas duas noites tenho dormido muito bem, só a acordo uma vez para comer e adormeço quase de seguida. Se me sentir generoso, prolongo esta minha dádiva, que é muito apreciada.

Já peso 5,4kg, o que é muito bom para mim mas me mantém abaixo do percentil 5. Não é nada simpático para quem tem que andar comigo ao colo, já começa a custar. Ou me faço à vida e começo a adormecer sozinho, sem precisar de andar a ser embalado ou então não sei não!

Ai que mania...

Quando se fala com pessoas mais velhas é muito comum ouvir-se “Ah e tal, no meu tempo os meus filhos comiam isto, aquilo e aqueloutro e não lhes fez mal!”. Hoje em dia é que os pediatras são malucos, com medo de alergias e com manias exageradas...

Pois, ainda bem que essas coisas todas não fizeram mal aos filhos dessas pessoas, mas se calhar fizeram aos filhos de outras. Tanto que, hoje em dia, a taxa de mortalidade infantil diminuiu para metade comparativamente à vinte anos atrás.

E mai’ nada!

O terrorista, a refém e os gurus de bebés

Cheguei a uma conclusão: sou um terrorista.

Não daqueles que explodem coisas ou que rebentam com pessoas, mas daqueles que fazem reféns. Neste momento a minha refém é a minha mãe. Por eu detestar biberon e por não engordar como seria de esperar para um bebé da minha idade, tenho que comer, no máximo, de 3 em 3 horas, o que faz com que a minha mãe tenha sempre que estar perto de mim. Só tem um intervalo de duas horitas e pouco para dar umas voltinhas (por exemplo ir jantar fora só com o meu pai como fez a semana passada), depois tem que me alimentar. Nada de cinema, nada de praia, nada de ir às compras por muito tempo. E como a minha mãe não é daquelas para quem amamentar é o momento mágico do dia nem adora sacar da mama em público, sair torna-se muito problemático.

Eu lamento muito por ela, mas a mim sabe-me muito bem estar juntinho a ela e além disse fiquei traumatizado por ter ficado doente da última vez que bebi por mim o biberon. E digo por mim, porque agora os meus pais, para eu comer mais, dão-me suplemento, que consiste em enfiar-me o biberon pela garganta abaixo e assim tenho que beber mesmo contra a minha vontade.

Outro dia estava a ver o programa do Conan O’Brien com a minha mãe e foi lá uma senhora que teve dois bebés há pouco tempo e que, meio no gozo, disse que ninguém a tinha avisado de como era ter filhos na realidade, que só lhe diziam que era muito recompensador e maravilhoso. Na verdade era uma grande chatice, e que não a levassem a mal porque ela gostava muito dos filhos, mas que ela agora sempre que queria sair de casa tinha que “pedir autorização”, que já não era pensar em sair e sair logo. Ora a quem é que isto soou que nem ginjas? É que pode ter estado no gozo, mas aquela senhora acertou em cheio. Toda a gente que tem filhos diz sempre que é uma felicidade extrema, tra la la, mas calma lá… Tem muitos momentos menos felizes, como não se dormir de noite, andar comigo a berrar na parte de trás do carro sem parar, chorar sempre que os meus pais estão a jantar (e muitas vezes a almoçar também), ter que me estarem sempre a dar atenção, sem poderem fazer o que querem. É claro que eles não estão arrependidos de me terem, mas bem que se podia avisar mais as pessoas que vão ser pais pela primeira vez, para o choque não ser tão grande!

O pior disto tudo é as pessoas que opinam sobre tudo a meu respeito e que pensam ser as mestres de conhecimento em bebés. Os meus pais têm que aturar diariamente ou que eu choro porque tenho fome (mesmo tendo acabado de comer durante 40 minutos), ou que tenho que mudar a fralda de 5 em 5 minutos (nunca este meu rabo esteve assado, nem perto disso), ou que estou mal habituado a dormir ao colo ou sem se poder fazer barulho (durmo no sofá de dia e na minha cama de noite, ou no carrinho quando vou passear e com imensa gente a berrar), ou que não bebo biberon por causa do leite ou da tetina (os meus pais já compraram todos os biberons e tetinas do mercado e até já experimentaram com o leite da minha mãe e eu continuo a não beber). Tudo bem que os meus pais já estão na fase de ignorar, mas será que o resto das pessoas não percebe que isso chateia e que não ajuda em nada, muito pelo contrário, os mete ainda mais nervosos e raivosos?

Com isto tudo ainda não cheguei aos 5 quilos mas estou quase (faltam 60 gramas). Para a semana, vou ter uma consulta com a minha pediatra e finalmente ela vai-me autorizar a comer sólidos! Espero gostar da papa, sopa e afins. Senão aí quem está mesmo tramado sou eu, porque a maminha acabará em breve.

Eu, Olívio Palito

Peso… a preocupação do costume!

Agora estou oficialmente abaixo do percentil 5 e até houve um dia em que emagreci em vez de engordar. Solução? Começar a beber suplemento por biberon. Resultado? Bebi o biberon durante uns quatro dias, depois de alguma resistência, mas depois fiquei com um início de gastroenterite e achei melhor deixar-me disso.

Os meus pais já compraram todo o tipo de biberons, de tetinas, de leites, mas eu quero é maminha! Tentam enganar-me quando estou meio adormecido, no meio das minhas refeições, metem-me o biberon discretamente na boca, mas eu reparo logo e berro que nem um desalmado. Até já tentaram o leite da minha mãe no biberon, ou até por colher, mas nada, eu quero mesmo só maminha.

Sou muito teimoso, sei que não me estou a portar bem, porque se continuo assim posso ficar doente. Espero que os meus pais consigam uma solução para eu me alimentar melhor depressa…

Nos anos do meu pai fomos a Alcobaça, mas eu gosto mesmo é da minha casinha, porque estranhei tudo por lá e foi a partir daí que deixei de dormir e beber o biberon. Quando for mais velhinho logo fico por lá com os meus avós, por enquanto não.

De resto, continuo o rebelde do costume, a minha rotina é comer, ficar cerca de uma hora e tal bem disposto a brincar, a sorrir muito, a tentar falar, a meter as mãos (e não só) na boca, até que me farto e desato a chorar para que me peguem ao colo e me adormeçam. Ah, e já me aguento muito bem quando me metem de barriga para baixo, e já sei rodar para me por de barriga para cima! De noite, ultimamente ando a portar-me pior, quero comer mais vezes e estou sempre a acordar. Para depois me adormecerem, têm que andar pela casa às escuras a meio da noite.

Enfim, eu sei que por enquanto posso fazer o que quero, porque sou pequenino e ainda não me podem por de castigo! Aproveito enquanto posso, ehehehe!

Crónicas de um bebé de dois meses e tal

Mais um mês, mais novidades para contar!

Com mais de dois meses neste mundo, já começo a aprender muitas coisas novas, entre elas sorrir. Isso sim, foi o meu grande feito depois de ter feito um mês e umas semanas. Agora sempre que acabo de comer (que é quando estou bem disposto) farto-me de rir com as palhaçadas, caras engraçadas e principalmente elogios à minha pessoa que a minha família e amigos me fazem. Também já dei gargalhadas, principalmente a dormir, mas aí já roça o limiar da doideira, portanto ultimamente deixei-me disso.

As minhas roupas começam a deixar de me servir, a minha mãe até já cortou umas calças minhas, daquelas com pezinhos, para eu as conseguir vestir!

Quanto à grande questão do peso, continuo na dúvida… Será que sou magrinho demais ou estou a desenvolver-me bem ao meu ritmo? O raio dos percentis e dos gráficos já nos andam a irritar a todos cá em casa. Segundo eles, estou a descer para o percentil 5, o que seria considerado um pouco preocupante, já que o normal é o 50. Mas eu estou tão rechonchudo e com bom aspecto que não percebo. É suposto ter um ar obeso e com bochechas tão grandes que mal se vejam os meus olhos? Bah…

Para grande alegria dos meus pais, começo a divertir-me com os bonecos que me deram, principalmente o ginásio oferecido pelos meus tios da linha (a K e o X) e os brinquedos suspensos na cadeirinha/espreguiçadeira oferecida pelos tios C e G. Ah, e não esquecer o móbil de ursinhos que está sobre a minha cama, também presente dos tios da linha.

O banho já não me mete impressão, gosto de lá estar dentro, começo a descobrir que chapinhar é giro e já não berro que me desunho quando me tiram da banheira para me secar.

Há uma semana foi dia de vacinas do 2º mês, foi tipo o HORROR, com uma agulhona gigante a entrar por uma perna e logo de seguida mais outra na outra perna. Muito traumatizante, digo-vos eu. Mas portei-me como um homem, chorei só um bocadinho (devido ao choque, não estava nada à espera, ninguém avisou) mas depois passou logo e foi como se nada tivesse passado.

O meu pai vai na próxima semana recomeçar a trabalhar… Foram dois meses e quase meio muito bons passados sempre com ele, agora vou ter que me habituar a estar só com a minha mãe durante o dia. Espero que quando ele chegue a casa tenha paciência para mim e me encha de mimos como é costume!

E não, não tenho mais dente nenhum a crescer (por enquanto)!

Santos Populares - Fica pró ano

Este ano não há santos populares para ninguém…

Os meus pais têm que ficar comigo (teoricamente só preciso do leitinho da minha mãe, mas o meu pai obviamente que é solidário e fica connosco), os meus avós não estão com vontade de ir e os amigos dos meus pais não têm com quem ir.

Portanto, este ano não há a tradicional mega caminhada a pé pelas setes colinas de Lisboa, a bela da bifana comida em pé, a busca pelo arroz doce caseiro vendido à porta da casa das pessoas de Alfama e nem os encontrões, esmagamentos e músicas pimbas no meio do maralhal que se passeia neste dia.

O meu primeiro mês

O meu primeiro mês no mundo já passou. De um modo geral até estou bastante satisfeito, acho que já me consegui ambientar a todas estas novidades.

O meu peso já está a aumentar bem, comigo a beber exclusivamente o leite fabuloso da minha mãe (afinal não tiveram que impingir o leite artificial!). Já tenho bochechinhas e alguma carninha nestes ossos, agora vai ser sempre a aumentar.

Ora algumas das minhas impressões deste primeiro mês são as seguintes:

- Já tenho um segundo dente a nascer (para mim um não chegava, sabem… E para o mês que vem talvez já coma picanha e não só “maminha” – ahahah, perceberam a piada?)

- O meu pai está a completar uma caderneta de cromos do Euro 2012 que diz que é para mim, para no futuro ter esta lembrança. Pois claro…

- Estou maravilhado com as andanças ao colo das pessoas, principalmente da minha avó, é do melhor que há para se adormecer. Se não percebem que é isso que eu quero, choro que nem um doido, até ficar mais vermelho que um pimentão.

- Já sei que de noite é para se dormir, acordando só de vez em quando para comer. Mas às vezes aborreço-me e preciso de uns miminhos para voltar a adormecer…

- Já visitei não sei quantos locais de trabalho, não sei se os meus pais já me querem arranjar emprego, mas já conheço quase meia Lisboa.

- Se já tenho dentes, porque não pesadelos? Dizem que é só mais tarde que se começa a ter, mas eu assusto-me muito durante o sono e às vezes até acordo a chorar, para de seguida cair no sono profundo outra vez. Estranho, não é?

- Ainda não ligo nenhuma aos milhões de brinquedos que me deram… Sorry!

- Adoro quando me mudam a fralda e me dá vontade de fazer xixi. Claro que vai de repuxo para a cara de quem estiver por perto. O pior é que uma vez o repuxo foi tão grande que até eu fui atingido em cheio e isso já não teve piada nenhuma.

- As minhas unhas estão sempre a crescer, a minha mãe já teve que as cortar três vezes desde que nasci, sem contar com a vez em que o meu pai as limou ainda no hospital.

E pronto, agora tenho que ir comer, que isto de se ser bebé exige que se coma de pouco em pouco tempo.

Hello World!

Nasci!

Viva eu! E surpresa, sou um rapaz!

Ora tudo começou no dia 04 de Maio, estava eu muito bem dentro da barriga da minha mãe, quando começo a sentir uns empurrões, isto porque deram um comprimido à minha mãe para induzir o parto (era praí meio dia e meia).

Isto continuou por dez horas, comigo a ser esmagadinho e comprimido, até que comecei a ver a luz ao fundo do túnel (literalmente) e fui-me encaminhando para a saída. Mal meti a cabeça de fora, vi imensa gente a olhar para mim e fui atirado (sim, a sério, mandaram-me tipo saco de batatas) para cima do peito da minha mãe. Chocadíssimo com este tratamento, comecei a chorar, mas a minha mãe foi logo simpática para mim e tapou a luz excessiva que estava na sala com a mão, e ouvi o meu pai dizer que eu era um menino.

Depois levaram-me para uma sala, onde me limparam ligeiramente e vestiram, fizeram-me aqueles exames de rotina e depois devolveram-me aos meus pais. Entretanto a minha mãe, drogadíssima da epidural, esperava que o resto da nhanha saísse e que pudesse beber, comer e ir para o quarto. Assim, duas horas depois, fomos os dois numa maca para o quarto, passando pelos meus avós maternos e pelo meu pai que estavam à espera de nos ver passar (àquela hora não podiam visitar, por isso ficaram no corredor à espera).

Eu portei-me muito bem nos primeiros dias em que estive no hospital, também porque ainda estava meio grogue daquele processo todo de sair cá para fora. Passados dois dias deram-nos alta e o pediatra descobriu que eu nasci com um dente! É verdade, sou um bebé raro, especial e muito precoce, coisa que já todos sabíamos, não é verdade?

Quando cheguei a casa, pronto, o stress levou a melhor e durante quase três semanas fiz a vida dos meus pais num inferno durante a noite… Chorava, chorava, chorava, não porque tivesse fome, fralda suja ou cólicas, mas porque não gostei nada da transição da barriga da minha mãe, onde não tinha que me esforçar para nada, para o mundo exterior.

Agora há três noites que já me porto muito bem, durmo muito calminho, só acordando de três em três horas para comer, voltando depois a dormir, para felicidade dos meus pais.

O que reparei nestes dias é que o meu pai tem muita paciência para mim, que a minha mãe se não dormir fica louca e malvada, que a minha família (inclui amigos) é enorme e as visitas não param, que o meu cocó cheira a leite morno com cereais (nada mau heim?) e que algumas roupas já deixaram de me servir.

A única preocupação agora é eu não estar a aumentar tanto de peso como era suposto, mas sabe-se lá se não sou eu que tenho o meu próprio ritmo? Eu acho que como bem de cada vez, umas vezes mais, outras menos, mas penso que fico satisfeito com o leitinho da minha mãe. Será que me vão fazer beber leite artificial para eu engordar mais depressa? Depois venho cá contar novidades!

Vou nascer!

É amanhã! Teoricamente, como já passa da meia-noite, é hoje…

Como não me apetece sair do meu belo conforto, marcaram para amanhã o meu despejo deste lar dos últimos nove meses. Espero que corra tudo bem e que finalmente eu consiga ver os meus pais e eles a mim! Estou confiante que vamos gostar todos muito uns dos outros.

Até ao meu regresso, desta vez, já cá fora!

Na recta final, PAM PAM PAM!

Ainda cá estou dentro da barriga da minha mãe!

Para quem pensava que ia ser antes do previsto (dia 29) estou a ver que se enganaram. Por aqui está-se tão bem, não tenho frio, posso dormir quando quero sem ninguém me chatear, não tenho que me preocupar com comida (vem por um tubinho na minha barriga) nem com necessidades mal cheirosas (já ouvi dizer que aí fora vou ter que andar com umas fraldas até aprender a ir sozinho à casa de banho).

Isto cá dentro começa a ficar apertado, por isso daqui a bocadinho a minha mãe vai à médica para ver o que ela acha. Esperamos que não sugira induzir o meu nascimento, não gosto de ser forçado a sair, queria sair quando me apetecesse, além de que a minha mãe também não queria nada dessas coisas. O meu pai é que está cada vez mais ansioso, quer muito ver-me e pegar-me ao colo. Eu tento compensar, sempre que ele mete a mão na barriga da minha mãe eu mexo-me que nem doido para ele ver que eu sei bem que é ele ali “à porta” e que gosto muito dele. Mesmo assim, ele continua a preferir ver-me sem ser através do “vidro da prisão”!

Quanto à minha mãe já não tem ciática, já não está manca e agora sente-se muito bem. Por isso é que não tem pressas para eu nascer. E como já pode andar como uma pessoa normal, no feriado de 25 de Abril foi com o meu pai, a tia CC, o tio G e o tio PP a uma exposição de videojogos, Game On, onde pagaram 9 euros (sim, vão roubar para a estrada) mas puderam jogar imensos jogos antigos e outros mais recentes. Nota pessoal da minha mãe, o melhor jogo já feito foi o Tomb Raider, o original, só para que conste.

Agora giro giro era os meus pais conseguirem ir à feira do livro antes de eu nascer, mas tem estado sempre a chover, o que deita logo estes planos por terra. Parabéns organização da Feira do Livro de Lisboa, foi genial terem adiantado a data da feira para Abril, que genial, está um tempo fabuloso para se passear à chuva, molhar os livros e não comer os gelados que por lá se vendem!

Bom, não sei se voltarei a escrever aqui antes de meter os pezinhos na Terra, mas vou tentando dar novidades!

Mega novidade!

Oh my God, como pude esquecer-me???

Já temos Maria dos Anjos (ela auto-intitula-se de Dona Bia, mas todos sabemos que sempre será Maria dos Anjos…)!

Já veio duas vezes limpar a casa, e ainda bem, porque foi a limpar o chão durante duas horas que a minha mãe ficou com o raio da ciática.

Recebe cinco euros por hora, vem um dia por semana durante três horas e é o melhor dinheiro que os meus pais já gastaram na vida!

Contagem decrescente

Cá estou eu outra vez, embora sem grandes novidades…

Hoje fomos conhecer a minha futura pediatra (a troco de 45 euros), acho que os meus pais gostaram dela, pareceu simpática, disponível e profissional. Vamos lá ver se eu gostarei ou se farei um berreiro desgraçado quando lá for depois de nascer! No consultório estava um bebé que chorava de uma forma muito estranha, parecia que era só soluçar, isso foi bastante assustador, gente esquisita…

Entretanto tenho andado aqui aos encontrões à barriga da minha mãe, que em breve deixará de ser a minha morada. Bom, e de noite ainda bem, porque fico um bocado esmagado quando ela está a dormir (pronto, estou a exagerar, mas fico com menos espaço para explorar), já que ela dorme de lado mas com a barriga um bocado para baixo. A minha recente forma de vingança é começar com soluços, isso não a deixa adormecer logo e tem que se meter numa posição mais confortável para mim, ehehe! Coitada dela, tem andado com uma dor no fundo das costas, que segundo consta é ciática e faz com que ela ande manca e pareçam, segundo ela, uma velha gorda atrofiada.

O meu pai está ansioso por me ver, está em pulgas para saber se sou um menino ou uma menina. Os pais dele, os meus avós paternos, julgam que os meus pais já sabem mas que não contam a ninguém, não acreditam que eles realmente queiram ser surpreendidos…

Agora temos consulta na médica na próxima sexta e espero que os meus pais possam ver como já estou forte e mais gordinho cá dentro, quase pronto para nascer. Mas a minha mãe já me avisou que só posso nascer quando for do signo Touro (Carneiro ela não quer), e como sou um bebé muito bem comportado, vou tentar ao máximo cumprir os desejos dela.

Por enquanto vou aguardando aqui no quentinho, a ouvir constantemente Bruno Mars e a comer muitos docinhos -temos desculpa, esta semana foi Páscoa!